28 de fevereiro de 2012

Sobre Oscar, Brown, Withney, Aretha e Dionne

Algumas ocorrências em minha cabeça me apontam um fato recorrente da rotina brasileira.
Fiquei imaginando a administração econômica de uma casa comum. Pensei que numa casa onde mora uma família comum, idealmente, não se compra uma lavadora de roupas quando não se tem água encanada. Ou seja, existe um recurso que deve existir antes de se instalar outro - a água encanada possibilita a instalação de uma lavadora de roupas. Também é necessário ter energia elétrica e, idealmente, um orçamento que comporte o aumento do consumo de energia elétrica e/ou água.

Em termos de mundo, percebo que brincamos de corridade carros, acrobacias aéreas e outros brinquedos caríssimos quando, de outro lado, ainda não temos, enquanto humanidade, saneamento básico e alimento para as pessoas.

Temos petróleo para isso?

Temos ar para comportar esses poluentes desnecessários?

Quanto mais de pesquisa é necessária nessa área do automobilismo e com que norte, já que as pesquisas não produzem veículos independentes de petróleo??

Ou seja, se fôssemos um casa comum de uma família comum, estaríamos, comparativamente, comprando videogames e brinquedos mesmo não tendo comida e água para consumir.

O detalhe sórdido de toda essa história é que acreditamos piamente, pobres e ricos, que necessitamos dessas coisas todas tanto quanto de água e comida. Temos uma baixa autoestima crônica que nos situa num espaço de convivência inviabilizante de existir.

Queremos competir no Oscar!

Não temos uma indústria cinematográfica consistente, auto-sustentável proporcinal ao tamnho continental de nosso país - não há espaço para nada que já não seja endossado pelo mainstream. Não temos premiações de cinema relevantes/suficientes - ou do que quer que se relacione a produção artística (comercial ou de arte).

A música de Carlinhos Brown é grandiosa, rica de ritmos e melodias de beleza e qualidade ímpares, desde o ALFAGAMABETIZADO.

Sérgio Mendes é um referencial de música e vanguarda artística de qualidade igualmente impressionante.



São legítimos artistas de qualidade e profundidade incontestáveis no cenário mundial ou no contexto nacional e regional.

Onde é que fizemos festa pra esses caras por aqui?
Quais o prêmios e homenagens por eles recebidas em território nacional??
Em que momento ou circunstância se mobilizou imprensa especializada para falar sobre isso?

Só a opnião alheia (estrangeira, bairrista, provinciana, autocentrista) nos interessa?


E Withney Houston? Além de uma belíssima voz num instrumento privilegiado e beleza, o que contribuiu para a música?

Cuidemos de nossa casa, sim???

2 comentários:

Matheus Geraldini disse...

Thais, o nosso povo pode ser comparado com um bebê: não gosta de mudanças bruscas; prefere coisas familiares, que sejam constantes, e de manter acomodado. Por isso que novelas fazem sucesso, programas como faustão e silvio santos duram para sempre, BBB‘s vão chegar a edição 1 milhão, e o sonho de todo brasileiro é ou ganhar a megasena, ou conseguir um emprego em repartiçao publica.
Como exigir alguma atitude de um povo desses? Se é pra premiar algum talento, que venha de fora, pois aqui só jogador de futebol e pagodeiro fazem sucesso...

Kelli Machado disse...

Tem um livro de um ativista portugues chamado "condominio da terra" que fala justamente sobre administrarmos a nossa vida tendo em mente que a terra é um grande condominio, onde todos pagam as contas.