28 de fevereiro de 2012

Sobre Oscar, Brown, Withney, Aretha e Dionne

Algumas ocorrências em minha cabeça me apontam um fato recorrente da rotina brasileira.
Fiquei imaginando a administração econômica de uma casa comum. Pensei que numa casa onde mora uma família comum, idealmente, não se compra uma lavadora de roupas quando não se tem água encanada. Ou seja, existe um recurso que deve existir antes de se instalar outro - a água encanada possibilita a instalação de uma lavadora de roupas. Também é necessário ter energia elétrica e, idealmente, um orçamento que comporte o aumento do consumo de energia elétrica e/ou água.

Em termos de mundo, percebo que brincamos de corridade carros, acrobacias aéreas e outros brinquedos caríssimos quando, de outro lado, ainda não temos, enquanto humanidade, saneamento básico e alimento para as pessoas.

Temos petróleo para isso?

Temos ar para comportar esses poluentes desnecessários?

Quanto mais de pesquisa é necessária nessa área do automobilismo e com que norte, já que as pesquisas não produzem veículos independentes de petróleo??

Ou seja, se fôssemos um casa comum de uma família comum, estaríamos, comparativamente, comprando videogames e brinquedos mesmo não tendo comida e água para consumir.

O detalhe sórdido de toda essa história é que acreditamos piamente, pobres e ricos, que necessitamos dessas coisas todas tanto quanto de água e comida. Temos uma baixa autoestima crônica que nos situa num espaço de convivência inviabilizante de existir.

22 de fevereiro de 2012

Medo de amar...



Pela segunda vez essa maravilhosa cantora me encantou com essa canção...

Dessa vez, fomos ao show do Quarteto em Cy com participação especial de Joyce Moreno, Wanda Sá e Pery Ribeiro em comemoração aos 50 anos do lançamento de Garota de Ipanema. Fomos especialmente para ver Pery Ribeiro. Nunca tinha assistido a um show seu, nunca o tinha visto ao vivo. Tinha, como objetivo, ouvi-lo cantar, curtir sua presença tão carregada da história da música brasileira, sua elegância, seu talento.

Pery Ribeiro não foi. Estava hospitalizado com problemas no coração e sem previsão de alta. Ah, o coração!
Confesso que fiquei decepcionada!
Confesso que minha decepção durou somente uns 120 segundos, pois a vibe do Quarteto em Cy desanuviou esse sentimento em maresia de amores e paisagens cariocas tão amadas... contagiante!
E eis que entra Wanda Sá! Também nunca a tinha assistido ao vivo. Confesso que não tinha muita certeza da sua voz no meu repertório afetivo da mpb bossa.
Excelente! Impressinantemente bom. Ótima cantora, ótima violonista!  Sentimos o respeito e admiração dos músicos no momento de sua entrada!
Certamente quero ve-la mais vezes.
Mas aí, quase no meio do show, entra Joyce Moreno.
E apresenta essa canção que compartilho acima, "Medo de amar", de Vinícius de Moraes.

Uau!

Caí das pernas meses antes no seu show com essa mesma canção...

mas, dessa vez, rolou um momento... Joyce cantou a canção. Que Vinícius fez, letra e música, que tem uma qualidade impressionante, harmonia linda...

Ainda estou caída, das pernas, aqui em meu mundo de coraçãoquenãocabenopeito.

Curtam ai!

Maravilhosa Joyce Moreno!